Votos de um Santo e Feliz Natal para todos.
sábado, 17 de dezembro de 2011
Os animais do Pai Natal
Votos de um Santo e Feliz Natal para todos.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
O passeio do Carlos
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
A seleção de futebol dos EUA.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Portugal no século XVIII
O Brasil, depois da Restauração, veio então tomar o lugar que tinha antes a Índia na economia portuguesa.
O açúcar, primeiro, o ouro e os diamantes, depois, eram agora as principais riquezas que chegavam ao reino.
Muitos milhares de colonos portugueses emigraram para o Brasil, na esperança de enriquecer.
Mas como as plantações de açúcar e os engenhos exigiam muita mão-de-obra, os primeiros colonos tentaram utilizar os índios como mão-de-obra escrava. Mas estes, habituados à liberdade, não se adaptaram ao trabalho: revoltavam-se, adoeciam, fugiam...
Foi de África que começaram a vir os escravos necessários à crescente produção de açúcar.
Os escravos trabalhavam nas plantações de açúcar, nos engenhos e nas minas.
O engenho era propriedade do “senhor do engenho”. Aí se extraia o caldo da cana-de-açúcar depois de a esmagar, que depois era cozido e colocado em formas para cristalizar.
A propriedade (fazenda) era composta pelos canaviais (campos de cultivo da cana), pelo engenho, pela “casa grande “ onde vivia o senhor e pela sanzala onde viviam os escravos.
No final do século XVII, encontrou-se ouro no Brasil.
As minas foram descobertas pelos bandeirantes que eram colonos que organizavam expedições para o interior do Brasil, com o objectivo de descobrir ouro, diamantes e apanhar índios para trabalharem nos engenhos.. A um grupo de bandeirantes dá-se o nome de Bandeira.
Resumindo
Assistimos a grandes movimentos da população:
De Portugal, partiram milhares de emigrantes para o Brasil à procura de uma vida melhor;
No Brasil, as pessoas avançavam do litoral para o interior;
Da costa africana, partiram, anualmente, milhares de escravos para o Brasil.
A população brasileira resulta, assim, da mistura de europeus, africanos e índios.
Isto fez de D. João V um rei muito poderoso e rico, uma vez que a coroa cobrava a quinta parte do ouro encontrado no Brasil (o quinto).
D. João V passou a governar sem convocar Cortes e concentrou em si todos os poderes: o poder legislativo (fazer as leis), o poder executivo (mandar executá-las, isto é, governar) e o poder judicial (julgar quem não cumpre a lei).
Governou como rei absoluto, daí se dizer que esta forma de governo era o absolutismo.
A corte de D. João V tornou-se uma das mais ricas da Europa. Davam-se grandes banquetes, consumia-se café e chocolate, novidades da época, e rapé (tabaco moído).
Nos bailes, dançava-se a pavana e o minuete ao som do violino ou do cravo.
Jogava-se às cartas, às damas e aos dados.
Assistia-se a sessões de poesia, de música e a representações teatrais.
Era também muito apreciado o espetáculo das touradas e a ópera.
A sociedade portuguesa do século XVIII continuava dividida nos três principais grupos sociais que já conheces: nobreza, clero e povo.
A nobreza continuava a ser um grupo social privilegiado, que vivia dos rendimentos das suas propriedades.
Imitava em tudo o luxo da corte de D. João V: habitação, festas, banquetes, vestuário...
O clero era também um grupo social rico e poderoso. Com a protecção do rei, aumentou o número de mosteiros, conventos e igrejas.
Para além do culto religioso, dedicava-se ao ensino e à assistência aos necessitados.
Presidia ao Tribunal da Inquisição que julgava todos os que não respeitavam a religião católica.
O povo vivia com muitas dificuldades, sobretudo no campo, devido aos baixos salários e aos muitos impostos.
Continuava a alimentar-se sobretudo de pão, peixe e legumes.
Dela faziam parte pequenos comerciantes, artífices, camponeses, criados, aguadeiros, carregadores...
Este grupo social engloba também a alta burguesia que continuava a enriquecer com o comércio.
O reinado de D. João V foi marcado pela construção de obras monumentais, possíveis devido ao ouro do Brasil.
O estilo da época é o Barroco que se caracteriza pela abundância de decoração e pelo uso de linhas curvas.
Igrejas e palácios são decorados com talha dourada, azulejos e mármore.
Desenvolveu-se a ourivesaria, a cerâmica, a pintura, a azulejaria, o mobiliário, ...
Nessa época, o reino encontrava-se numa grave crise económica porque:
- o ouro vindo do Brasil era cada vez menos;
- a agricultura produzia pouco;
- as indústrias eram poucas;
- diminuíam as exportações e aumentavam as importações;
- o comércio colonial era dominado por estrangeiros.
Morreram mais de 20 000 pessoas e ficaram em ruínas cerca de 10 000 edifícios.
A cidade ficou destruída e foi o Marquês de Pombal que tomou medidas para:
- "cuidar dos vivos e enterrar os mortos “;
- policiar as ruas;
- planear a reconstrução da cidade que ele próprio acompanhou.
- ruas largas e perpendiculares, com passeios largos e calcetados;
- uma grande praça - a Praça do Comércio - construída no local do antigo Terreiro do Paço, onde iam dar as ruas "nobres" da cidade.
A grande capacidade para resolver problemas e a eficácia demonstrada após o terramoto pelo Marquês de Pombal, levaram-no a conquistar a confiança total do rei. Por isso, D. José entregou-lhe o controlo do governo.
O Marquês de Pombal inicia então um conjunto de reformas destinadas a desenvolver o país e a afirmar o poder absoluto do rei.
Reformas económicas:
- instalou novas indústrias no país;
- criou companhias monopolistas, controladas pelo estado (na área da agricultura, pescas e comércio), impedindo os grandes lucros que os estrangeiros vinham tendo em Portugal; exemplo: Companhia dos Vinhos do Alto Douro.
- proibiu a exportação de ouro.
Reformas sociais:
- perseguiu a nobreza e o clero (sobretudo os Jesuítas, que expulsou do País), retirando-lhes bens e cargos, chegando a prender e executar alguns deles, para reforçar o poder do rei;
- protegeu os comerciantes e os burgueses, e declarou o comércio como profissão nobre (1770);
- proibiu a escravatura no Reino (1771), continuando, no entanto, a existir nas colónias.
Reformas no ensino:
- criou escolas "menores" (equivalentes ao 1º ciclo), por todo o país;
- reformou a Universidade de Coimbra dando maior importância à observação e experimentação;
- extinguiu a Universidade de Évora
- fundou o Real Colégio dos Nobres.
As reformas pombalinas contribuíram para a modernização de Portugal.
Depois da morte de D. José I (1777), sua filha, a rainha D. Maria I, demitiu o Marquês de Pombal de todos os cargos que ocupava no Governo, acusando-o de ter cometido graves injustiças.
domingo, 4 de dezembro de 2011
O passeio do João.
Palha aos montes...
terça-feira, 29 de novembro de 2011
A partilha das maçãs.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Os gatos
domingo, 27 de novembro de 2011
A professora da Matemática.
A Joaquina é uma excelente professora de Matemática.
Mas a Marcolina, a filha de nove anos, pôs à prova o seu talento com um problema de enunciado simples, embora com uma solução, em princípio muito complexa.
"É um exercício impossível de resolver, querida", afirmou contundentemente a Joaquina.
E tu, sabes a solução?
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
domingo, 13 de novembro de 2011
Sequência de letras...
sábado, 12 de novembro de 2011
Três homens querem atravessar um rio.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Campeonato de futebol (mais uma vez)
Uma das equipas de futebol desse país é o Futebol Clube de Alguidares de Baixo que tem, à sexta jornada do campeonato, 9 pontos (duas vitórias, três empates e uma derrota), apresentando dois golos marcados e três golos sofridos.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
D. Sebastião, neto de D. João III, subiu ao trono em 1557, com 3 anos, assumindo a governação do país com apenas 14 anos, em 1568.
Rodeado de um grupo de nobres, jovens e impulsivos, planeou fazer conquistas no Norte de África, aproveitando as lutas que aí ocorriam entre Muçulmanos.
Em 1578, partiu para Marrocos chefiando uma expedição militar de 17 000 homens que teve resultados desastrosos: os portugueses foram vencidos na Batalha de Alcácer-Quibir e D. Sebastião morreu juntamente com 7 000 soldados. Os restantes foram feitos prisioneiros.
Como D. Sebastião não tinha descendentes sucedeu-lhe o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, que, por sua vez, morreu em 1580, sem ter nomeado um sucessor.
Surgiram então como pretendentes ao trono:
- Filipe II, rei de Espanha;
- D. António, prior do Crato;
- D. Catarina, duquesa de Bragança.
Tal como em 1383-85, os portugueses dividiram-se:
- o povo, para que Portugal não perdesse a independência, apoiou D. António, prior do Crato;
- a nobreza, o clero e a burguesia apoiaram Filipe II, rei de Espanha, esperando assim obter privilégios e riqueza.
Filipe II invadiu Portugal e D. António organizou a resistência aos invasores, tendo sido derrotado em Alcântara, a 25 de Agosto de 1580.
Filipe II foi aclamado rei de Portugal, nas cortes de Tomar de 1581.
Iniciou-se, então, o período em que Portugal esteve unido politicamente a Espanha (até 1640) e que ficou conhecido como "Domínio Filipino" ou União Ibérica (reinados de Filipe II, III e IV de Espanha, I, II e III de Portugal).
Nas cortes de Tomar, Filipe II fez várias promessas:
- Respeitar as liberdades, privilégios, usos e costumes da monarquia portuguesa;
- Reunir sempre Cortes em Portugal e manter todas as leis portuguesas e a moeda;
- Os cargos de governo deveriam ser ocupados por portugueses;
- O comércio da Índia e da Guiné apenas poderia ser feito por portugueses;
- A língua nos documentos e actos oficiais continuaria a ser o português.
Assim, ficariam acautelados os interesses das classes altas e Portugal e Espanha passariam a ser governadas na forma de União Pessoal, isto é, dois reinos com um só rei.
As promessas de Filipe II de Espanha não foram cumpridas por Filipe III e Filipe IV (de Espanha).
As terras portuguesas em África, no Oriente e no Brasil foram, então, atacadas e os portugueses obrigados a combater nos exércitos de Espanha e a pagar mais impostos.
A mais conhecida foi a Revolta do Manuelinho, movimento iniciado em Évora, a 21 de Agosto de 1637, contra os aumentos dos impostos decretados pelo Governo e que rapidamente alastrou a outras partes do reino. A intenção desta revolta era a de depor a Dinastia Filipina e restaurar a independência de Portugal.
Assim, no dia 1.º de Dezembro de 1640, um grupo de nobres assaltaram o Palácio do Governador em Lisboa e tomaram o governo do reino.
Portugal recuperou, deste modo, a independência e D. João, duque de Bragança, foi aclamado rei - D. João IV - iniciando-se a quarta dinastia ou dinastia de Bragança.
Seguiu-se um longo período de 28 anos de guerra: a Guerra da Restauração.
Preparando-se para a guerra, os portugueses organizaram um exército permanente, construíram fortalezas, estabeleceram alianças com outros países e desenvolveram a indústria de armas.
Só em 1668, era rei D. Afonso VI (D. Pedro era o regente), terminaram as guerras da restauração com a assinatura de um tratado de paz entre Portugal e Espanha. Esse tratado estabelecia a independência de Portugal e os limites fronteiriços.
Para treinar:
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/10.1.quiz.htm
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Quais os resultados?
Quais foram os resultados dos 8 jogos disputados?
terça-feira, 18 de outubro de 2011
A olhar para o chão...
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Situa-se a Sudoeste da Europa;
Constituído pelas ilhas da Madeira, do Porto Santo, Desertas e Selvagens.
Relevo da ilha da Madeira é muito montanhoso de origem vulcânica;
As maiores altitudes situam-se no centro da ilha;
Cursos de água pouco extensos (ribeiras), mas que podem ser torrenciais.
A colonização: O Infante D. Henrique iniciou a colonização da Madeira e Porto Santo dividindo-as em capitanias. Aos capitães-donatários competia defender, povoar e explorar os recursos naturais das ilhas.
Os colonos, vindos sobretudo do Algarve e Minho, mas também do estrangeiro, dedicaram-se à agricultura, pesca e criação de gado;
Os produtos mais importantes eram o vinho, o açúcar, os cereais, as árvores de fruta e a madeira (importante para a reparação dos navios que aí faziam escala);
O comércio dos produtos da Madeira foi muito lucrativo para o Infante D. Henrique que, assim, pôde mandar construir navios e pagar mais viagens de descobertas.
Os Açores
Características naturais:
Situa-se a Oeste da Península Ibérica (a meio caminho entre a Europa e a América);
É formado por nove ilhas que se dividem em três grupos:
Grupo oriental: ilhas de Santa Maria e S. Miguel;
Grupo central: ilhas da Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial;
Grupo ocidental: ilhas das Flores e do Corvo.
Relevo muito montanhoso de origem vulcânica (no Pico fica ponto mais alto de Portugal – 2351 metros);
Existem muitas lagoas que ocupam crateras de vulcões extintos;
Há muitas ribeiras (cursos de água de pequena extensão).
O clima é temperado, não apresentando grandes variações ao longo do ano;
Há muita precipitação;
A vegetação original era constituída essencialmente por cedros, loureiros, faias, giestas, etc.
Também nos Açores se utilizou o sistema de capitanias para a colonização.
O seu povoamento foi, porém, mais lento devido à grande distância a que as ilhas se encontravam do continente.
Os primeiros colonos chegaram em 1439 vindos do continente. Mais tarde chegaram também colonos do estrangeiro, nomeadamente da Flandres (flamengos).
As principais actividades dos colonos, nas ilhas dos Açores, eram a agricultura e a criação de gado;
As principais riquezas deste arquipélago, nessa época, eram os cereais, o gado bovino e ovino e as plantas tintureiras (pastel, urzela e dragoeiro).
África
A sul do Sara habitavam povos de raça negra que se dedicavam à caça, à recolha de frutos, à pastorícia, à agricultura.
Aproveitavam ainda alguns minerais (ouro e cobre, por ex.) que trocavam por outros produtos;
Estes povos estavam organizados em reinos que se guerreavam, vendendo os prisioneiros como escravos.
A poligamia (ter várias mulheres) era uma prática comum;
Havia uma grande variedade de línguas e dialetos (mais de 1500), costumes e até aspecto físico.
O principal objectivo dos portugueses, em África, era controlar todo o comércio do ouro, malagueta, marfim e escravos, isto é, ter o seu monopólio.
Tiveram, para isso, que vencer a concorrência dos Muçulmanos que também comerciavam esses produtos.
Construíram então, no litoral, feitorias (Arguim, Mina, Moçambique, Mombaça, entre outras), isto é, armazéns fortificados, dirigidos por um feitor;
Aí armazenavam os produtos africanos que os indígenas traziam do interior para a costa (litoral) e que trocavam por trigo, sal, panos coloridos e bugigangas.
Praticava-se pois a troca direta.
Desde muito cedo os portugueses enviaram expedições para o interior africano, formadas por navegadores, aventureiros, mercadores, missionários, etc;
Tinham como objectivo dominar essas regiões, estabelecer relações de paz e cristianizar as populações;
Assim foram sendo construídas igrejas, fortalezas e povoações comerciais, em locais estratégicos do continente.
A descoberta do caminho marítimo para a Índia permitiu aos portugueses passar a comerciar os preciosos produtos do oriente. Chegavam em maior quantidade e mais baratos, uma vez que não havia intermediários.
Porém, era preciso assegurar o domínio de alguns portos e cidades e prevenir os ataques dos muçulmanos, povo que anteriormente assegurava o comércio dessas mercadorias por terra. Para tal, D. Manuel nomeou governadores-gerais ou vice-reis.
O primeiro foi D. Francisco de Almeida que tentou dominar os mares e estabelecer acordos com os chefes locais. O segundo foi Afonso de Albuquerque que conquistou as cidades de Goa, Ormuz e Malaca
A partir da Índia os portugueses chegaram à China, ao Japão e às ilhas de Timor, Indonésia, Molucas.
As naus portuguesas vindas da Índia (carreira da Índia) chegavam a Lisboa carregadas de especiarias, panos de seda e porcelanas da China, tapeçarias da Pérsia, madeiras exóticas, perfumes...
Na Ásia, os portugueses contactaram com povos mais desenvolvidos e organizados que os africanos;
Pelo oriente espalharam-se milhares de portugueses, sendo frequentes os casamentos com mulheres locais;
Ao tornou-se na sede do governo português (aí vivia o Vice-rei);
Goa, Malaca e Macau eram as principais feitorias portuguesas;
De Goa, partiam as naus da Carreira da Índia.
Na Ásia, destacou-se a acção dos missionários portugueses, sobretudo os da Companhia de Jesus (Jesuítas);
Os mercadores, os colonos e os missionários foram os principais transmissores de muitos conhecimentos e costumes (de cá para lá e vice-versa).
Os portugueses quando chegaram ao Brasil, contactaram com populações pacíficas e acolhedoras, que vivam de uma economia recolectora.
No Brasil, a colonização portuguesa iniciou-se mais tardiamente.
Durante muitos anos limitaram-se a trazer daí o pau-brasil e aves exóticas.
Apenas em 1530 se iniciou a colonização do Brasil, no reinado de D. João III.
O Brasil foi dividido em 15 capitanias, cada uma delas entregue a um capitão-donatário que as devia defender, povoar e explorar.
Para além do pau-brasil, os portugueses cultivaram também a cana-de-açúcar e a bananeira até aí desconhecidas no Brasil.
Para isso, levaram para o Brasil escravos de raça negra, uma vez que os índios não se deixavam escravizar.
No início do século XVI, Lisboa crescera ao longo do rio Tejo, onde se verificava uma intensa atividade portuária, destacando-se, na cidade, dois espaços abertos: o Rossio e o Terreiro do Paço. Foi junto a este local que o rei D. Manuel mandou construir o Paço da Ribeira, tendo-se mudado para lá, em 1505.
Em 1550, já a cidade de Lisboa tinha mais de 100.000 habitantes, atraindo muitas pessoas: mercadores estrangeiros que a qui vinham fazer negócios e famílias vindas do interior de Portugal à procura de melhores condições de vida. Havia ainda muitos escravos (cerca de 10.000) que faziam os trabalhos mais humildes e pesados. Além disso, havia muitos portugueses que emigravam para os vários pontos do Império.
Lisboa era, por esta altura, conhecida como a “Rainha do Oceano” porque era ponto de partida e de chegada das rotas que ligavam a Europa à África, América e Ásia. O comércio era “monopólio do rei” e era na Casa da Índia que se controlava todo o comércio do Oriente.
A Rua dos Mercadores, junto ao porto, era outro local importante na vida comercial da cidade.
Os lucros do comércio permitiam à Corte viver rodeada de grande luxo.
A produção artística e literária foi, também, muito importante nesta época. Destacam-se os seguintes nomes: Luís de Camões, autor dos “Lusíadas”, onde narra a história de Portugal e Fernão Mendes Pinto, autor da “Peregrinação”.
O Manuelino
O manuelino é o nome dado à arte portuguesa do tempo de D. Manuel que sofreu grande influência da expansão portuguesa.
Por isso, na decoração utiliza elementos inspirados nos descobrimentos como conchas, cordas, plantas exóticas, redes, bóias, etc.
Utiliza ainda a esfera armilar (símbolo de D. Manuel), a Cruz de Cristo e o escudo nacional.
Deste estilo arquitectónico são o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, a janela da Sala do Capítulo do Convento de Cristo, etc.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
Sequência
164 .... 255 .... 366 .... 497 ...
domingo, 18 de setembro de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
Boas Férias
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Os bolinhos da baunilha
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Crise de 1383-85 e Expansão Portuguesa
A crise do século XIV
- às más condições climatéricas;
- aos maus anos agrícolas;
- às guerras com Castela;
- às fomes;
- às doenças, especialmente a Peste Negra (a Peste Negra foi uma grande epidemia - doença que se propaga rapidamente - que alastrou por toda a Europa. Em Portugal matou cerca de um terço da população (500 000 pessoas).
Para proteger o comércio externo fundou a Companhia das Naus que era uma espécie de seguro destinado aos que perdessem os barcos.
A adopção destas medidas não evitou que a situação do país se agravasse com a morte de D. Fernando, em 1383.
A crise política
O acordo de casamento (acordo de Salvaterra de Magos), para garantir a independência de Portugal, previa que, só o filho de D. Beatriz poderia ser rei de Portugal e, até ele ter catorze anos, D. Leonor Teles (viúva de D. Fernando) ficaria como regente.
D. Leonor manda, então, aclamar D. Beatriz como rainha, tendo como conselheiro um fidalgo galego: o Conde Andeiro. O Tratado de Salvaterra de Magos não foi, por isso, respeitado.
Esta situação política, aliada às dificuldades económicas, vai dividir a sociedade portuguesa:
- de um lado, a maioria da nobreza e do clero apoiam D. Beatriz como herdeira legítima do trono;
- do outro, o povo e, sobretudo, a burguesia, não a aceitam e revoltam-se, receando que Portugal deixasse de ser independente.
A burguesia, chefiada por Álvaro Pais, e tendo do seu lado o povo de Lisboa, preparou, então, uma conspiração para matar o Conde Andeiro e escolheu D. João, Mestre de Avis, para executar essa tarefa, uma vez que este tinha fácil acesso ao Paço da Rainha visto que era filho (ilegítimo) do rei D. Pedro.
Receando a invasão castelhana, o povo de Lisboa escolheu o Mestre de Avis como Regedor e Defensor do Reino. A burguesia também o apoia, sobretudo com dinheiro para preparar o exército.
O rei de Castela invadiu, então, Portugal.
A chefiar o exército português estava D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável.
Os portugueses venceram a Batalha dos Atoleiros, no Alentejo(6 de Abril de 1384), utilizando a táctica do quadrado (que vem a ser novamente usada na Batalha de Aljubarrota).
Em 29 de MAio de 1384, o rei de Castela cercou Lisboa e quase venceu, mas teve de levantar o cerco devido a uma epidemia de peste que assolou o seu exército., depois de 4 meses de cerco à cidade.
Entretanto, e dada a gravidade da situação, reúnem-se Cortes em Coimbra, a 6 de Abril de 1385.
O jurista João das Regras prova que, de todos os candidatos, o Mestre de Avis é quem tem direito a ser rei de Portugal, convencendo os presentes que os filhos de Inês de Castro eram, também, ilegítimos..
O rei de Castela, sabendo da aclamação de D. João como rei, invadiu de novo Portugal, travando-se então a Batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), que foi vencida pelos portugueses.
Para comemorar esta vitória, D. João I mandou construir o mosteiro de Santa Maria da Vitória (mosteiro da Batalha).
- Parte da nobreza que apoiara D. Beatriz fugiu para Castela, perdendo bens e privilégios.
- Os burgueses que apoiaram o Mestre de Avis foram recompensados com terras e títulos de nobreza, passando a burguesia a ter, como tanto queria, maior influência no governo do país.
Como disse Fernão Lopes (cronista), surgiu "outro mundo e nova geração de gentes".
D. João I, que deu início à segunda dinastia - a Dinastia de Avis ou Joanina - fez um tratado de amizade com Inglaterra (o mais antigo tratado da Europa) e casou com D. Filipa de Lencastre (da família real inglesa).
Em 1411, é finalmente assinado um tratado de paz com Castela.
Resolvida a crise política, faltava agora resolver a crise económica.
Portugal, com esta "nova geração de gentes", vai iniciar a grande aventura dos Descobrimentos., em 1415, com a conquista de Ceuta.
A expansão portuguesa
O início
A América, a Oceânia e a Antárctida eram totalmente desconhecidas.
Por outro lado, o Oceano Atlântico era conhecido como um "mar tenebroso" povoado de monstros marinhos que afundavam os barcos.
Também os seres que povoavam as terras distantes eram imaginados como seres mosntruosos, muito diferentes dos europeus. Todas estas lendas criavam muito medo nos navegadores...
Por isso se diz que os descobrimentos marítimos, que os portugueses iniciaram no século XV, foram uma das maiores e das mais corajosas aventuras de todos os tempos.
Depois de assinada a paz com Castela, em 1411, D. João I procurou resolver os problemas de Portugal que era um reino pobre, mas independente e em paz.
Era necessário procurar o ouro, a prata e os cerais que faltavam em Portugal.
Como não podiam alargar as suas fronteiras terrestres, restava-lhes o mar.
As conquistas no Norte de África surgiram como uma solução:
- agradavam à nobreza que procura a guerra como forma de obter honra, glória, novos cargos e títulos;
- agradavam ao clero pois era uma forma de combater os Mouros, inimigos da religião cristã;
- agradavam à burguesia pois assim poderia controlar a entrada do Mar Mediterrâneo e o comércio de escravos, ouro, especiarias, cereais e outras mercadorias valiosas;
- agradavam ao povo que aspirava a melhorar as suas condições de vida.
Assim, em 1415, uma poderosa armada comandada por D. João I tomou a cidade de Ceuta.
Iniciava-se, assim a expansão portuguesa.
Ceuta era uma cidade do litoral de Marrocos (norte de África), junto ao Estreito de Gibraltar, rica em:
- Peixe e carne;
- Cereais;
- Ponto de passagem e/ou chegada de:
- Ouro;
- Seda;
- Especiarias;
- Escravos.
Ao contrário do que os portugueses esperavam, Ceuta não resolveu nenhum problema de Portugal, pois os Mouros desviaram as rotas comerciais para outras cidades do Norte de África.
Ceuta tornou-se , assim, uma cidade cristã cercada e constantemente atacada.
Os Portugueses iniciam então as viagens por mar, na esperança de chegar ao local de origem do ouro e das especiarias.
D. João I confiou ao Infante D. Henrique, seu filho, a chefia da expansão marítima.
No seu tempo foram contratados navegadores, astrónomos, matemáticos e cartógrafos (fazem cartas/mapas) experientes.
Do Algarve, partiam os barcos que descobriram os arquipélagos da Madeira e dos Açores e a costa africana a sul do Cabo Bojador, para além do qual nunca se tinha navegado.
Esta viagens permitiram acabar com as muitas lendas que falavam de monstros e do fim do mundo.
Descobertas/Descobridores:
1419 - Madeira e Porto Santo - João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira;
1427 - Açores - Diogo de Silves;
1434 - Cabo Bojador - Gil Eanes;
1436 - Pedra da Galé e Rio do Ouro - Afonso Baldaia;
1443 - Arguim - Nuno Tristão;
1456 - Cabo Verde - Diogo Gomes e Cadamosto;
1460 - Serra Leoa - Pedro de Cintra.
Quando o infante D. Henrique morre, em 1460, já os Portugueses conheciam a costa africana até Serra Leoa.
As caravelas eram navios ligeiros, rápidos, capazes de navegar em todas as águas e com todos os ventos.
De casco muito leve, com um castelo na popa, tinham, em geral, três mastros.
Tinham leme à popa o que as tornava fáceis de manobrar.
As suas velas triangulares ou latinas permitiam-lhes bolinar, ou seja, navegar com ventos contrários, em ziguezague
À medida que iam navegando para sul, os navegadores sentiram necessidade de se afastarem da costa. Para isso:
- Passaram a orientar-se pelos astros (navegação astronómica);
- Utilizavam a bússola, o astrolábio, o quadrante e a balestilha.
- Desenvolvem a ciência cartográfica (fazer mapas e cartas de marear)
Este comprometia-se a descobrir, por ano, cem léguas de costa em troca do direito de fazer comércio naquela zona, pagando, ainda, 200.000 reais anualmente.
D. Afonso V, por influência da nobreza, preferiu fazer conquistas no Norte de África.
Mas o príncipe D. João (futuro D. João II), apercebendo-se das grandes riquezas da costa africana (ouro, escravos, marfim), passou a dirigir as descobertas.
O seu grande objectivo era descobrir a passagem para o Oceano Índico a fim de alcançar a Índia - local de origem das especiarias.
Foi Bartolomeu Dias que, em 1488, dobrou, pela primeira vez, o Cabo das Tormentas, depois chamado da Boa Esperança (nome posto por D. João II), provando ser possível passar do Oceano Atlântico para o Índico.
1471 - Mina - Marinheiros ao serviço de Fernão Gomes
1471-72 - S. Tomé e Príncipe - João de Santarém, Pedro Escobar, Fernão Pó
1474 - Cabo de Santa Catarina - Marinheiros ao serviço de Fernão Gomes
1482 - Foz do rio Zaire - Diogo Cão
1485-86 - Serra Parda - Diogo Cão
1488 - Cabo da Boa Esperança - Bartolomeu Dias
Passado o Cabo da Boa Esperança, quando D. João II já preparava a viagem para a Índia, Cristóvão Colombo, navegador genovês (?), propôs-lhe atingir a Índia navegando para ocidente. Como o nosso rei já tinha a certeza que a rota para oriente era mais curta, recusou.
Cristóvão Colombo procura então a ajuda dos Reis Católicos de Espanha que aceitam a sua proposta.
Em 1492, Colombo chega às Antilhas, ilhas da América Central. Descobre assim a América, pensando ter chegado à Índia.
Esta descoberta origina um grave conflito entre Portugal e Castela: D. João II exige a posse destas novas terras, de acordo com o Tratado de Alcáçovas (1480) que estabelecia que pertenciam a Portugal todas as terras situadas a sul das ilhas Canárias.
Com a intervenção do Papa Alexandre III (espanhol), estabelece-se então um novo acordo, em 1494: o Tratado de Tordesilhas.
Neste tratado, o Mundo foi dividido em duas partes através de um semimeridiano a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. As terras descobertas a oriente desse meridiano seriam portuguesas e as terras descobertas a ocidente, seriam espanholas
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/8.sucessao_cloze.htm
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/9.ceuta_match.htm
domingo, 5 de junho de 2011
O mealheiro
Partiram o mealheiro e viram que tinham 3 euros em moedas de 10 cêntimos. O número de moedas de 10 cêntimos era igual à soma das idades dos irmãos.
Resolveram, então, repartir as moedas de acordo com as idades.
A idade da Joana é o dobro da idade do Tiago e o André tem 2 anos a mais do que o Tiago.
Com quantas moedas ficou cada um dos irmãos?
segunda-feira, 30 de maio de 2011
sábado, 21 de maio de 2011
O jantar,
Eles decidiram dividir a conta entre todos, mas dois deles esqueceram-se de levar dinheiro.
Como consequência disso, cada um dos restantes teve de pagar mais 10 euros.
Quantos amigos foram almoçar ao restaurante?
domingo, 15 de maio de 2011
As pernas
terça-feira, 10 de maio de 2011
A vida quotidiana nos concelhos
A medida que iam conquistando terras aos Mouros, os nossos primeiros reis precisavam de as povoar e fazer cultivar, sobretudo a Sul.
Para tal, em muitos casos, o rei ou grandes senhores criaram concelhos, para atrair povoadores, a troco de direitos e regalias. Assim nasceram os concelhos.
Os concelhos eram criados através de uma Carta de Foral.
Carta de Foral – documento que cria um concelho , estabelece os seus limites e os direitos e os deveres dos moradores (vizinhos).
Os habitantes dos concelhos, chamados vizinhos, tinham mais direitos e mais autonomia que os habitantes dos senhorios pois podiam eleger os seus representantes para a administração e a justiça local:
- os juízes que aplicavam a justiça;
- os mordomos que recebiam os impostos;
- a assembleia dos homens-bons (os homens mais importantes do concelho) tratavam dos assuntos de interesse geral e elegiam os juízes e mordomos. Reuniam no Domus Municipalis (casa do município).
O rei fazia-se representar nos concelhos através do alcaide que era também o chefe militar que vivia na alcáçova ou torre do castelo.
Os direitos e deveres dos habitantes dos concelhos estavam escritos na Carta de Foral.
O símbolo da autonomia do Concelho era o Pelourinho.
Havia:
- concelhos rurais: cujos moradores eram, maioritariamente, agricultores, pastores e alguns artesãos;
- concelhos urbanos cujos moradores eram, maioritariamente, comerciantes e artesãos.
PS: Não esquecer as datas e os séculos.
Para treinar: http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/7.concelhos_cloze.htm
quarta-feira, 4 de maio de 2011
A corrida
Foi o Frederico que ganhou a corrida, porque fez o percurso maior;
A Ana percorreu 27 centenas de metros;
O Carlos percorreu 2 milhares de metros;
A Francisca andou mais 35 decâmetros do que o Carlos;
O Pedro percorreu uma distância superior à do Carlos e inferior à da Francisca;
A Rosa foi ultrapassada por três amigos.
Por que ordem se classificaram os seis amigos?
sábado, 30 de abril de 2011
Os cigarros da menina Luísa
A menina Luisa é uma grande fumadora, porém decidiu deixar de fumar. "Acabarei os vinte e sete cigarros que ainda tenho", disse, "e não voltarei a fumar".
domingo, 17 de abril de 2011
Sveti Velikonočni
segunda-feira, 11 de abril de 2011
O Imperador Pintus Lusitanus
quarta-feira, 6 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
O Imperador Escanifredo.
terça-feira, 29 de março de 2011
Portugal no século XIII
quinta-feira, 24 de março de 2011
A Travessia (II)
domingo, 20 de março de 2011
A travessia
quinta-feira, 17 de março de 2011
O rebanho
- Oh rapaz das 20 ovelhas!
Responde-lhe o rapaz:
- Para serem 20, tinham que ser estas, outras tantas como estas e mais metade destas.
terça-feira, 15 de março de 2011
A lesma
sábado, 12 de março de 2011
Cerco ao castelo de Alguidares de Baixo.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
As meias do senhor Escanifredo
O Senhor Escanifredo tem uma gaveta cheia de meias azuis e amarelas.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Ficha de avaliação (24/2/2011)
A Arábia:
Península com grandes desertos;
Território muito pobre (séc. VI);
Populações dedicam-se à pastorícia e ao comércio;
Populações eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses.
Em 610, terá recebido a visita do anjo Gabriel que lhe terá revelado a palavra de Deus e lhe disse que Deus o havia escolhido como profeta;
Em 612, começou a pregar uma nova religião: o Islamismo, religião islâmica ou islão, cujos seguidores são conhecidos como muçulmanos;
Em 622, Maomé fugiu de Meca para Medina, data conhecida como Hégira. Este acontecimento marca o início da contagem de tempo para os muçulmanos (ano 1).
8 de Junho de 632: Morre Maomé.
Religião Islâmica:
Tem um único Deus: Alá;
Os princípios básicos estão contidos num livro sagrado: O Corão (Alcorão);
Os edificíos religiosos dos muçulmanos são as mesquitas.
5 Pilares da Fé Muçulmana:
Fazer profissão de fé;
Rezar 5 vezes ao dia, virados para Meca;
Dar esmolas aos pobres;
Ir a Meca pelo menos uma vez na vida;
Jejuar durante o mês do Ramadão.
Os muçulmanos na Península Ibérica: a ocupação Muçulmana.
Em 711: Iniciam a conquista da Península Ibérica. Comandados por Tarik derrotam os cristãos (visigodos) na Batalha de Guadalete;
Em 713, estão junto às Astúrias (norte da Península Ibérica).
Os muçulmanos expandem-se e conquistam a Península Ibérica para:
Expandir o Islamismo (religião islâmica);
Melhorar as suas condições de vida.
Para isso recorrem:
À guerra (Jihad – Guerra Santa);
A acordos com chefes locais.
A Reconquista Cristã
Cristãos refugiam-se nas Astúrias;
Em 722, inicia-se a Reconquista Cristã, com a vitória na batalha de Covadonga;
Depois desta vitória forma-se o reino das Astúrias, cujo 1.º rei foi Pelágio.
Reconquista cristã: período de tempo em que os Cristãos lutaram contra os Muçulmanos para recuperar, isto é, voltar a conquistar as terras perdidas;
Iniciou-se em 722, com a Batalha de Covadonga e terminou em 1492, com a conquista de Granada;
Teve a direcção Norte-Sul.
A Reconquista fez-se com avanços e recuos e com muita luta.
Os Muçulmanos estiveram na Península Ibérica entre 711 e 1492: 781 anos (quase oito séculos).
Influenciaram muito a população que aí vivia, mais no Sul do que no Norte porque +ermaneceram aí muito mais tempo.
No Sul formaram-se grandes cidades: Córdova, Toledo, Granada, Lisboa, Mértola; Silves, etc.
A Herança Muçulmana
Nas cidades fizeram grandes construções:
Mesquitas (templos muçulmanos) e Palácios ricamente decorados com mármores, azulejos, colunas, arcos em ferradura; dcoração com motivos geométricos e frases do Corão.
Em Portugal a influência é maior no Alentejo e Algarve, porque os muçulmanos permaneceram aí mais tempo. Por exemplo: as casas com açoteias, pintadas de branco, com pátios interiores e com chaminés rendilhadas.
Os muçulmanos desenvolveram:
As indústrias artesanal, das armas, dos carros e arreios, dos tapetes, etc.
A agricultura pois trouxeram novos produtos agrícolas como a laranjeira, o limoeiro, a amendoeira, a figueira, a alfarrobeira, o arroz a cana-de-açúcar, etc.
Deram a conhecer novos processos de rega como a nora, a picota ou cegonha (Chaduff), os canais de rega e o açude.
Desenvolveram ainda a medicina, a navegação (astroláio, bússola), a astronomia. a Matemática: tendo introduzido o zero e a numeração árabe.
Deram a conhecer: a pólvora, o papel, etc.
Deixaram-nos mais de 600 palavras entre as quais: Azeite, oxalá, armazém Algarve Alfama, Almedina, picota laranja, azenha, algarismo, etc
Aqui fica um endereço com fichas para poderem treinar:
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/5.arabes_quiz.htm
Como recompensa pela ajuda prestada na luta contra os muçulmanos, o rei de Leão (D. Afonso VI) deu:
- a D. Raimundo, o Condado da Galiza e uma das suas filhas, D. Urraca, (filha legítima) para casar;
- a D. Henrique, o Condado Portucalense e outra sua filha (ilegítima), D. Teresa, em casamento, no ano de 1096.
O Condado Portucalense situava-se entre os rios Minho e Mondego e tinha a sua sede no Castelo de Guimarães. A D. Henrique competia a defesa e o governo do Condado que não era, no entanto, independente pois D. Henrique devia obediência, lealdade e ajuda militar ao rei de Leão, D. Afonso VI.
D. Henrique sempre desejou tornar o Condado Portucalense independente do reino de Leão, mas morreu em 1112, ficando a governar a viúva, D. Teresa, uma vez que o filho, D. Afonso Henriques, era ainda muito novo.
D. Teresa, que também pretendia a independência do Condado, pediu, para tal, ajuda à nobreza da Galiza.
Os nobres portugueses, não concordando, convenceram D. Afonso Henriques a revoltar-se contra a mãe.
Formaram-se então dois "partidos": um, a favor de D. Teresa; outro, a favor de D. Afonso Henriques.
Os dois "partidos" confrontaram-se na Batalha de S. Mamede (em 24 de Junho de 1128), próximo de Guimarães, tendo D. Afonso Henriques saído vencedor e passado a assumir, ainda muito novo, o governo do Condado. Segundo a tradição, D. Teresa foi aprisionada no castelo de Póvoa do Lanhoso
A D. Afonso Henriques não bastava a autonomia do Condado Portucalense pois queria a sua total independência.
Para tal, teve de lutar em várias frentes:
- contra o rei de Leão e Castela, para obter a independência: batalhas de Cerneja e Arcos de Valdevez;
- contra os muçulmanos, para alargar o território: batalha de Ourique;
- difíceis negociações com o Papa para que este reconhecesse Portugal como reino independente.
A sua luta veio a ter sucesso, pois o rei de Leão e Castela reconheceu a independência de Portugal através do Tratado de Zamora, assinado em 1143 (5 de Outubro).
Surge assim um novo reino: Portugal.
O rei era a autoridade máxima:
- Governava o país;
- Fazia as leis;
- Aplicava a justiça;
- Decidia da paz e da guerra;
- Chefiava os exércitos.
Portugal passou a ser uma monarquia, entre 1143 e 1910, porque quem governava o país era um monarca (rei). Esta monarquia era hereditária pois ao rei sucedia o filho mais velho.
Em 1145 é conquistada Leiria;
Em 1147 é conquistada Santarém utilizando-se a táctica do assalto;
No mesmo ano é conquistada Lisboa, que esteve cercada, por rio e por terra, cerca de 4 meses.
Com a conquista de Santarém e Lisboa, a fronteira chegava ao rio Tejo.
Em 1179,o Papa Alexandre III reconheceu a independência do reino de Portugal, através da Bula Manifestis Probatum.
Está claramente demonstrado que, como bom filho e príncipe católico, prestaste inumeráveis serviços a tua mãe, a Santa Igreja, exterminando intrepidamente em porfiados trabalhos e proezas militares os inimigos do nome cristão e propagando diligentemente a fé cristã, assim deixaste aos vindouros nome digno de memória e exemplo merecedor de imitação.
Deve a Sé Apostólica amar com sincero afecto e procurar atender eficazmente, em suas justas súplicas, os que a Providência divina escolheu para governo e salvação do povo. Por isso, Nós, atendemos às qualidades de prudência, justiça e idoneidade de governo que ilustram a tua pessoa, tomamo-la sob a protecção de São Pedro e nossa, e concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a dignidade que aos reis pertence, bem como todos os lugares que com o auxílio da graça celeste conquistaste das mãos dos Sarracenos e nos quais não podem reivindicar direitos os vizinhos príncipes cristãos.
E para que mais te fervores em devoção e serviço ao príncipe dos apóstolos S. Pedro e à Santa Igreja de Roma, decidimos fazer a mesma concessão a teus herdeiros e, com a ajuda de Deus, prometemos defender-lha, quanto caiba em nosso apostólico magistério”
No reinado de D. Afonso III (1245-1279) foi conquistado, definitivamente, o Algarve (1249).
O rei passou a usar o título de “Rei de Portugal e do Algarve”.
Nestas conquistas, os reis tiveram a ajuda dos senhores nobres, dos monges-cavaleiros (combatiam a cavalo e recebiam terras como pagamento dos serviços prestados) e dos homens do povo (camponeses e artesãos) que combatiam a pé.
Em 1297, D. Dinis (rei de Portugal) e D. Fernando (rei de Castela) assinaram o Tratado de Alcanises que estabeleceu as fronteiras de Portugal.
Portugal , à excepção de Olivença, mantém, actualmente, as mesmas fronteiras da 1297.