domingo, 30 de outubro de 2011

Da União Ibérica à Restauração


D. Sebastião, neto de D. João III, subiu ao trono em 1557, com 3 anos, assumindo a governação do país com apenas 14 anos, em 1568.
Rodeado de um grupo de nobres, jovens e impulsivos, planeou fazer conquistas no Norte de África, aproveitando as lutas que aí ocorriam entre Muçulmanos.
Em 1578, partiu para Marrocos chefiando uma expedição militar de 17 000 homens que teve resultados desastrosos: os portugueses foram vencidos na Batalha de Alcácer-Quibir e D. Sebastião morreu juntamente com 7 000 soldados. Os restantes foram feitos prisioneiros.

Como D. Sebastião não tinha descendentes sucedeu-lhe o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, que, por sua vez, morreu em 1580, sem ter nomeado um sucessor.
Surgiram então como pretendentes ao trono:
- Filipe II, rei de Espanha;
- D. António, prior do Crato;
- D. Catarina, duquesa de Bragança.

Tal como em 1383-85, os portugueses dividiram-se:
- o povo, para que Portugal não perdesse a independência, apoiou D. António, prior do Crato;
- a nobreza, o clero e a burguesia apoiaram Filipe II, rei de Espanha, esperando assim obter privilégios e riqueza.

Filipe II invadiu Portugal e D. António organizou a resistência aos invasores, tendo sido derrotado em Alcântara, a 25 de Agosto de 1580.

Filipe II foi aclamado rei de Portugal, nas cortes de Tomar de 1581.
Iniciou-se, então, o período em que Portugal esteve unido politicamente a Espanha (até 1640) e que ficou conhecido como "Domínio Filipino" ou União Ibérica (reinados de Filipe II, III e IV de Espanha, I, II e III de Portugal).
Nas cortes de Tomar, Filipe II fez várias promessas:
- Respeitar as liberdades, privilégios, usos e costumes da monarquia portuguesa;
- Reunir sempre Cortes em Portugal e manter todas as leis portuguesas e a moeda;
- Os cargos de governo deveriam ser ocupados por portugueses;
- O comércio da Índia e da Guiné apenas poderia ser feito por portugueses;
- A língua nos documentos e actos oficiais continuaria a ser o português.
Assim, ficariam acautelados os interesses das classes altas e Portugal e Espanha passariam a ser governadas na forma de União Pessoal, isto é, dois reinos com um só rei.
As promessas de Filipe II de Espanha não foram cumpridas por Filipe III e Filipe IV (de Espanha).
Para além disso, a Espanha estava em guerra com a Inglaterra, França e Holanda e Portugal sofreu com isso.
As terras portuguesas em África, no Oriente e no Brasil foram, então, atacadas e os portugueses obrigados a combater nos exércitos de Espanha e a pagar mais impostos.
Por todo o reino surgiram revoltas populares.
A mais conhecida foi a Revolta do Manuelinho, movimento iniciado em Évora, a 21 de Agosto de 1637, contra os aumentos dos impostos decretados pelo Governo e que rapidamente alastrou a outras partes do reino. A intenção desta revolta era a de depor a Dinastia Filipina e restaurar a independência de Portugal.
O descontentamento do povo acabou por alastrar à burguesia e à nobreza, levando, esta úlrima, conspirar e preparar uma revolta.
Assim, no dia 1.º de Dezembro de 1640, um grupo de nobres assaltaram o Palácio do Governador em Lisboa e tomaram o governo do reino.
Portugal recuperou, deste modo, a independência e D. João, duque de Bragança, foi aclamado rei - D. João IV - iniciando-se a quarta dinastia ou dinastia de Bragança.

Seguiu-se um longo período de 28 anos de guerra: a Guerra da Restauração.
Preparando-se para a guerra, os portugueses organizaram um exército permanente, construíram fortalezas, estabeleceram alianças com outros países e desenvolveram a indústria de armas.
Só em 1668, era rei D. Afonso VI (D. Pedro era o regente), terminaram as guerras da restauração com a assinatura de um tratado de paz entre Portugal e Espanha. Esse tratado estabelecia a independência de Portugal e os limites fronteiriços.

Para treinar:
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/10.1.quiz.htm

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Quais os resultados?

O Clube Desportivo de Cascalheira de Cima, ao fim de 8 jornadas do campeonato nacional de futebol, tem 1 vitória, 4 empates e 3 derrotas, com 3 golos marcados e 3 golos sofridos.
Quais foram os resultados dos 8 jogos disputados?

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A olhar para o chão...

A Mariana estava a olhar para o chão da sua cozinha, quando reparou que aquele era quadrado e formado por dezasseis quadrados de 1 metro quadrado cada um.
Quantos quadrados com 2 metros de lado pode a Mariana contar.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Império Português no século XVI

A Madeira
Características naturais:
Situa-se a Sudoeste da Europa;
Constituído pelas ilhas da Madeira, do Porto Santo, Desertas e Selvagens.
Relevo da ilha da Madeira é muito montanhoso de origem vulcânica;
As maiores altitudes situam-se no centro da ilha;
Cursos de água pouco extensos (ribeiras), mas que podem ser torrenciais.
A colonização: O Infante D. Henrique iniciou a colonização da Madeira e Porto Santo dividindo-as em capitanias. Aos capitães-donatários competia defender, povoar e explorar os recursos naturais das ilhas.
Os colonos, vindos sobretudo do Algarve e Minho, mas também do estrangeiro, dedicaram-se à agricultura, pesca e criação de gado;
Os produtos mais importantes eram o vinho, o açúcar, os cereais, as árvores de fruta e a madeira (importante para a reparação dos navios que aí faziam escala);
O comércio dos produtos da Madeira foi muito lucrativo para o Infante D. Henrique que, assim, pôde mandar construir navios e pagar mais viagens de descobertas.

Os Açores
Características naturais:
Situa-se a Oeste da Península Ibérica (a meio caminho entre a Europa e a América);
É formado por nove ilhas que se dividem em três grupos:
Grupo oriental: ilhas de Santa Maria e S. Miguel;
Grupo central: ilhas da Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial;
Grupo ocidental: ilhas das Flores e do Corvo.
Relevo muito montanhoso de origem vulcânica (no Pico fica ponto mais alto de Portugal – 2351 metros);
Existem muitas lagoas que ocupam crateras de vulcões extintos;
Há muitas ribeiras (cursos de água de pequena extensão).
O clima é temperado, não apresentando grandes variações ao longo do ano;
Há muita precipitação;
A vegetação original era constituída essencialmente por cedros, loureiros, faias, giestas, etc.
Também nos Açores se utilizou o sistema de capitanias para a colonização.
O seu povoamento foi, porém, mais lento devido à grande distância a que as ilhas se encontravam do continente.
Os primeiros colonos chegaram em 1439 vindos do continente. Mais tarde chegaram também colonos do estrangeiro, nomeadamente da Flandres (flamengos).
As principais actividades dos colonos, nas ilhas dos Açores, eram a agricultura e a criação de gado;
As principais riquezas deste arquipélago, nessa época, eram os cereais, o gado bovino e ovino e as plantas tintureiras (pastel, urzela e dragoeiro).

África
A sul do Sara habitavam povos de raça negra que se dedicavam à caça, à recolha de frutos, à pastorícia, à agricultura.
Aproveitavam ainda alguns minerais (ouro e cobre, por ex.) que trocavam por outros produtos;
Estes povos estavam organizados em reinos que se guerreavam, vendendo os prisioneiros como escravos.
A poligamia (ter várias mulheres) era uma prática comum;
Havia uma grande variedade de línguas e dialetos (mais de 1500), costumes e até aspecto físico.
O principal objectivo dos portugueses, em África, era controlar todo o comércio do ouro, malagueta, marfim e escravos, isto é, ter o seu monopólio.
Tiveram, para isso, que vencer a concorrência dos Muçulmanos que também comerciavam esses produtos.
Construíram então, no litoral, feitorias (Arguim, Mina, Moçambique, Mombaça, entre outras), isto é, armazéns fortificados, dirigidos por um feitor;
Aí armazenavam os produtos africanos que os indígenas traziam do interior para a costa (litoral) e que trocavam por trigo, sal, panos coloridos e bugigangas.
Praticava-se pois a troca direta.
Desde muito cedo os portugueses enviaram expedições para o interior africano, formadas por navegadores, aventureiros, mercadores, missionários, etc;
Tinham como objectivo dominar essas regiões, estabelecer relações de paz e cristianizar as populações;
Assim foram sendo construídas igrejas, fortalezas e povoações comerciais, em locais estratégicos do continente.
A Ásia
A descoberta do caminho marítimo para a Índia permitiu aos portugueses passar a comerciar os preciosos produtos do oriente. Chegavam em maior quantidade e mais baratos, uma vez que não havia intermediários.
Porém, era preciso assegurar o domínio de alguns portos e cidades e prevenir os ataques dos muçulmanos, povo que anteriormente assegurava o comércio dessas mercadorias por terra. Para tal, D. Manuel nomeou governadores-gerais ou vice-reis.
O primeiro foi D. Francisco de Almeida que tentou dominar os mares e estabelecer acordos com os chefes locais. O segundo foi Afonso de Albuquerque que conquistou as cidades de Goa, Ormuz e Malaca
A partir da Índia os portugueses chegaram à China, ao Japão e às ilhas de Timor, Indonésia, Molucas.
As naus portuguesas vindas da Índia (carreira da Índia) chegavam a Lisboa carregadas de especiarias, panos de seda e porcelanas da China, tapeçarias da Pérsia, madeiras exóticas, perfumes...
Na Ásia, os portugueses contactaram com povos mais desenvolvidos e organizados que os africanos;
Pelo oriente espalharam-se milhares de portugueses, sendo frequentes os casamentos com mulheres locais;
Ao tornou-se na sede do governo português (aí vivia o Vice-rei);
Goa, Malaca e Macau eram as principais feitorias portuguesas;
De Goa, partiam as naus da Carreira da Índia.
Na Ásia, destacou-se a acção dos missionários portugueses, sobretudo os da Companhia de Jesus (Jesuítas);
Os mercadores, os colonos e os missionários foram os principais transmissores de muitos conhecimentos e costumes (de cá para lá e vice-versa).

América (Brasil)
Os portugueses quando chegaram ao Brasil, contactaram com populações pacíficas e acolhedoras, que vivam de uma economia recolectora.
No Brasil, a colonização portuguesa iniciou-se mais tardiamente.
Durante muitos anos limitaram-se a trazer daí o pau-brasil e aves exóticas.
Apenas em 1530 se iniciou a colonização do Brasil, no reinado de D. João III.
O Brasil foi dividido em 15 capitanias, cada uma delas entregue a um capitão-donatário que as devia defender, povoar e explorar.
Para além do pau-brasil, os portugueses cultivaram também a cana-de-açúcar e a bananeira até aí desconhecidas no Brasil.
Para isso, levaram para o Brasil escravos de raça negra, uma vez que os índios não se deixavam escravizar.

A Lisboa Quinhentista
No início do século XVI, Lisboa crescera ao longo do rio Tejo, onde se verificava uma intensa atividade portuária, destacando-se, na cidade, dois espaços abertos: o Rossio e o Terreiro do Paço. Foi junto a este local que o rei D. Manuel mandou construir o Paço da Ribeira, tendo-se mudado para lá, em 1505.
Em 1550, já a cidade de Lisboa tinha mais de 100.000 habitantes, atraindo muitas pessoas: mercadores estrangeiros que a qui vinham fazer negócios e famílias vindas do interior de Portugal à procura de melhores condições de vida. Havia ainda muitos escravos (cerca de 10.000) que faziam os trabalhos mais humildes e pesados. Além disso, havia muitos portugueses que emigravam para os vários pontos do Império.
Lisboa era, por esta altura, conhecida como a “Rainha do Oceano” porque era ponto de partida e de chegada das rotas que ligavam a Europa à África, América e Ásia. O comércio era “monopólio do rei” e era na Casa da Índia que se controlava todo o comércio do Oriente.
A Rua dos Mercadores, junto ao porto, era outro local importante na vida comercial da cidade.
Os lucros do comércio permitiam à Corte viver rodeada de grande luxo.
A produção artística e literária foi, também, muito importante nesta época. Destacam-se os seguintes nomes: Luís de Camões, autor dos “Lusíadas”, onde narra a história de Portugal e Fernão Mendes Pinto, autor da “Peregrinação”.

O Manuelino
O manuelino é o nome dado à arte portuguesa do tempo de D. Manuel que sofreu grande influência da expansão portuguesa.
Por isso, na decoração utiliza elementos inspirados nos descobrimentos como conchas, cordas, plantas exóticas, redes, bóias, etc.
Utiliza ainda a esfera armilar (símbolo de D. Manuel), a Cruz de Cristo e o escudo nacional.
Deste estilo arquitectónico são o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, a janela da Sala do Capítulo do Convento de Cristo, etc.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A viagem...

O Escanifredo e a Bzidróglia vão fazer uma viagem de automóvel e vão percorrer 18.000 km. Cada pneu aguenta apenas uma viagem 12.000 km.
Quantos pneus de reserva precisam, no mínimo, de levar ?